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ARTE ATUAL X CONTEMPORÂNEA

        Vamos tentar emplacar a expressão "Arte Atual", com o significado de resgate da multilateralidade da Arte de todos os tempos, amplitude (espectro) que deveria permanecer sempre viva, pois a forma deve se ajustar ao conteúdo (ideia). Assim é que algumas ideias são mais bem expressas numa foto do que num texto; num filme, do que numa pintura; numa peça de teatro, do que num romance ou num filme; numa pintura figurativa, do que numa abstrata; numa pintura impressionista, do que expressionista... Escolhida a forma mais apropriada para expressar a sua proposta ou a sua provocação, o artista só erra onde ou quando mostrar a sua obra.

         Esse conceito está em oposição a "Arte Contemporânea", criada e esgotada por Marcel Duchamp, que dele foi indevidamente apropriada por contemporâneos personalistas inescrupulosos, que a tornaram exclusivista, eternamente repetitiva na forma, e esvaziada no conteúdo. Conteúdo que perdeu o caráter universal do original, pois que esse propunha uma valorização dos fatos estéticos do cotidiano: apreciação das formas e cores que nos cercam em todos os lugares e a todo instante, inclusive em “quartinhos” ou banheiros. "A Fonte", ou o mictório de Duchamp, exposto em Paris (1917), foi para o lixo após a mostra. O objeto era sem interesse, o que valia e tinha importância era a ideia: universalizar a percepção estética. O mictório que circula por aí, que veio a SP, é semelhante ao original que foi desprezado.

           Banksy, artista que ignora o culto à personalidade e por isso nunca se apresentou, 101 anos depois de Duchamp, em lugar próprio e, assim, causando impacto e grande repercussão, retoma a ideia de valorizar a multilateralidade, amplitude e o sentido da arte como provocação. Após uma de suas gravura ser arrematada por milhões de reais, em leilão na Sotheby House, causou espanto ao retalhá-la, no templo do mercantilismo.  

          Tive a oportunidade de prestar homenagem a esse Artista Atual, na página 20 do livro “Demolindo a Identidade Capixaba”, lançado em 2010.  Veja a ilustração.

Abraço, Kleber

Kleber Galvêas, pintor. Tel. (27) 3244 7115 ateliegalveas@gmail.com www.galveas.com


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