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CNH: DOCUMENTO SUPÉRFLUO, CARO E OBSOLETO 

 

Desenvolver o sentimento de cidadania é missão do Estado e interesse dos cidadãos propagado pela Revolução Francesa. O número de leis de um país é diretamente proporcional ao grau de subordinação do seu povo. A tutela legal “condiciona a liberdade” e inibe o sentimento de cidadania, que é a mola propulsora da harmonia e do progresso dos povos, em todos os períodos da História, se não confundirmos progresso com crescimento. 

Pensando em valorizar o sentimento de responsabilidade do cidadão, trouxe um tema objetivo para a discussão: Carteira de Motorista. 

A carteira de motorista é o documento mais importante do cidadão americano. Nos Estados Unidos não existe carteira de identidade. No Brasil todos portam carteira de identidade.

Se você adquire um bem, é sua a responsabilidade no uso. Cometeu erro na utilização em público? Deve ser responsabilizado. Autoescolas estarão sempre disponíveis. A segurança no trânsito é fundamental, e não o interesse pecuniário do governo. A circulação de veículos é como uma sinfonia onde não cabe nenhuma nota desafinada, mesmo que o músico tenha diploma do melhor conservatório.

Recursos eletrônicos tornaram a CNH obsoleta. É diploma caro, envolve várias pessoas e tem extensa burocracia. Radar faz a leitura das placas, inclusive com veículos em movimento, mostrando o histórico do veículo e do proprietário. Havendo algo errado ou acontecido uma infração de trânsito, o guarda mais próximo será informado, e o infrator multado ou levado imediatamente à presença de um juiz. O motorista correto será estimulado, respeitado e só poderá ser parado se errar. Errando, receberá imediatamente punição proporcional à infração cometida. Recursos materiais e humanos para a mudança proposta serão obtidos: no governo, com a extinção da burocracia da CNH e transferência dos seus burocratas para a fiscalização eletrônica; o cidadão, economizando taxas e tempo poderá investir em mais treinamento.

Nos Estados Unidos tirar uma carteira de motorista pela primeira vez, fica em torno de U$ 35,00. Aqui, renovar a minha carteira, categoria “B”, pela décima vez (2016), com validade para mais três anos, vai me custar no mínimo R$ 300,00 e um dia perdido. Obtê-la pela primeira vez fica em torno de R$ 3 mil. Quase mil dólares!

A CNH poderia ser substituída por uma declaração pública do cidadão afirmando estar apto a conduzir veículos. Isto constaria em sua CI. O órgão do governo responsável pelo trânsito poderia convocar (por amostragem) alguns dos que se declararam aptos a dirigir, para teste de direção. Afinal, a maioria esmagadora das perturbações no trânsito é causada por motoristas com a CNH em dia.

“Tá tá tá tá tá na hora. Vá vá vá vale tudo agora. Sou mo-mole pra falar. Mas um Pintacuda pra beijar...” Sucesso musical do carnaval de 1950, cantava as proezas do piloto italiano Carlo Maria Pintacuda, campão de automobilismo. Ele não tinha CNH, mas seu sobrenome se tornou, em português, sinônimo de rapidez e perícia ao volante.

A primeira legislação sobre trânsito surgiu na Inglaterra (1836). Limitava a velocidade a 10 Km/h e era necessário, que 60 metros à frente do veículo um homem a pé conduzisse uma bandeira como alerta. As coisas mudam com o tempo.

Considerando-se a quantidade de veículos, o número de infratores é muito pequeno. Dar crédito ao sentimento de cidadania, respeitando-se o cidadão e confiando nele, será sempre positivo, e os resultados obtidos serão permanentes, propiciando colaboração espontânea.

A transição do cidadão, de dependente do governo para parceiro agente do progresso, deve ser sempre estimulada. Fé no progresso, esperança na harmonia e generosidade cidadã são virtudes que florescem na democracia. Se cultivarmos a liberdade e o respeito ao cidadão. 

Kleber Galvêas, pintor. Tel, (27) 3244 7115 www.galveas.com novembro, 2016

“Do ano 2000 a 2010, foram criadas no Brasil  75.517 leis,  o que dá 6.565 leis por ano, enquanto na  Alemanha, no mesmo tempo, foram aprovadas  apenas 20 leis e o povo não gostou. 

O acúmulo de exigências faz o sucesso das pequenas inteligências  gerando com isso um manguezal de corrupção. Os povos mais bem governados no mundo são aqueles  com leis reduzidas nas suas  constituições”. Colaboração do Professor  Aurélio Bolsanello-Pai 

 

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