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Prezados Jornalistas de A Gazeta. 

 
Respeitando arquitetos e decoradores, que devem ter inteira liberdade em suas criações, e o cidadão empreendedor, que não deve ser coagido, opus-me à lei vigente em Vitória que obriga a quem  constrói além de uma determinada dimensão, a colocar uma obra de arte de membro do sindicato, na fachada ou no saguão da sua construção. Sem isso não recebe o “habite-se” da Prefeitura. Aqui em Vila Velha conseguimos impedir que lei impositiva semelhante fosse aprovada, desmoralizando nossos artistas. Assim, resguardando a ética de uma atividade que em todos os tempos e culturas foi vanguarda na luta pela liberdade do cidadão (exceção: os "Futuristas", artistas fascistas ligados a Marinete e Mussolini). 

Respeitei sempre a liberdade dos jornalistas. Nunca pedi que fizessem matéria sobre meu ateliê ou sobre nossas atividades. Tenho um armário lotado de recortes, muitos vídeos copiados da TV e arquivados em meu site, compondo um registro de 51 anos de atividade pública. Sempre enviei a vocês as informações que considerei de interesse público, solicitando que avaliassem o material e me informassem se havia interesse ou não na publicação. 

Sou um modesto assinante de A Gazeta, mas acredito que muitos outros leitores gostariam de ter informações sobre as atividades culturais que acontecem no Estado e no ateliê. Especialmente as escolas públicas e particulares que nos visitam frequentemente, pois Educação Artística é matéria curricular em todas as séries do ensino fundamental e continuamos carentes em equipamentos, museus e galerias com coleções didáticas permanentes.

O acesso às manifestações culturais e sua difusão são obrigações do Governo (Art. 215 e 216 da Constituição). Já o compromisso  da mídia é com a notícia. Em sendo fato de interesse público, compete-lhe avaliar e espalhar ou não a informação, de acordo com seu entendimento.

De alguns anos para cá A Gazeta (sempre informada com antecedência) tem ignorado quase todas as atividades culturais públicas dos capixabas, e nossas realizações no ateliê. Exemplo atual: não publicou nota de serviço, um "tijolinho" em p/b na agenda, informando sobre a exposição que acontece no ateliê e segue até 7 de dezembro.

Gostaria muito de encontrar o ruído na nossa comunicação e aprender.  Seria ajustar o material que envio, para divulgação?  Nossas dez últimas atividades foram apreciadas como desinteressantes para os leitores de A Gazeta

Estou pronto para ouvir, entender, consertar e agradecer. 

O artista nunca erra ao produzir uma obra que o deixe satisfeito. Só pode errar em duas situações: quando e onde (ou a quem) mostrar a sua criação. Daí a importância da divulgação e do feedback. Não existe arte sem público.

Vinte por cento do total das 30 mil visitas ao nosso site são de americanos e chineses, que se revezam na liderança de 96 países visitantes: www.galveas.com  

Será que estou no lugar errado?

Não! Carlos Reis, Massena e Fanzeres, desbravaram. Minha geração está plantando.

A atitude é olhar para frente e saltar barreiras procurando o melhor caminho. Assinar o jornal, assistir à TV Gazeta e continuar plantando, como recomendaram os Mestres. Oxalá gerações futuras tenham melhores condições de trabalho e possam colher.

Abraços, Kleber
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