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MULHERES CAPIXABAS FAZEM HISTÓRIA 

 

Há alguns anos a categoria militar não tem reajuste correto e, há 2 anos, faz reuniões frequentes com representantes do governo, que sempre o postergam. Nossas mulheres são corajosas, colocaram-se na vanguarda dessa luta, em defesa dos seus lares. Elas usam o mesmo subterfúgio do governo (manobra ou pretexto para evitar dificuldades): “o governo não reduz salários, o que caiu foi o poder aquisitivo”. Os militares afirmam: “não estamos em greve, nossas mulheres não nos deixam sair”. Os dois lados arranham a Constituição. Neste caso deve haver equidade (disposição para respeitar os direitos de cada um), resolver o problema apoiando-se na convicção íntima da justiça natural, e não na letra da lei. Não cabe prepotência de nenhuma das partes.

Antes da greve inconstitucional que acontece, o governo já havia "arranhado" a nossa Constituição: Ela proíbe a redução do salário. Com cálculo otimista, a categoria, em sete anos, perdeu 45% do poder aquisitivo do salario.

Cada um dá o passo de acordo com o comprimento das suas pernas.  Organiza a vida doméstica de acordo com seus vencimentos. Se salários ficaram defasados, devemos lutar para recompô-los. Pois isso afeta toda a vida familiar: moradia, alimentação, saúde, educação, transporte... E, principalmente, a tranquilidade, atributo essencial para o bom desempenho da função policial.

 Se houvesse competência administrativa, serviço de informação eficiente e menos arrogância federal e estadual, esta greve não aconteceria. Acontecendo, jamais poderia ter durado mais que algumas horas. A incompetência política foi e, se persistir, será terrível para todos nós. Um incêndio se apaga no início, com segurança, não importa como proceder, nem o que lançar sobre as chamas, desde que não seja combustível. O governo estadual lançou gasolina; e o federal, aditivo. Com evidente inabilidade política fizeram ameaças, algumas inexequíveis, como a de responsabilizar as mulheres pela despesa com a Força Nacional.

Se há risco de naufrágio, não se hesita em lançar a preciosa carga ao mar. A desorganização da vida social, causada pela insegurança persistiu, se propagou e houve perdas, danos e vítimas. O mea culpa deve ser do governo, que tinha o poder e meios de detê-la. 

Até agora as mulheres não descumpriram ordem judicial. Não foi ordenado que desocupassem a área, apenas as ameaçaram com uma multa. A imprensa noticia que embora o governo esteja intransigente elas cederam, abriram mão do reajuste, mas exigem melhores condições de trabalho para seus companheiros.

Se 700 homens habilitados a usar armas e explosivos forem demitidos, conhecendo (por profissão) muito bem o submundo do crime, a organização de milícias, o nosso território, rotas de trânsito e as estratégias policiais, o risco de problemas, no futuro, é grande. Vamo-nos preparar? Como? Com mais do mesmo?

 Kleber Galvêas, pintor. www.galveas.com tel. (27) 3244 7115 Fevereiro, 2017
 


 

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