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OCTÓGONOS FLORIDOS

Convidamos você e amigos para o 
vernissage festivo da exposição
de pinturas “OCTÓGONOS FLORIDOS”.

Até pouco tempo, quando falávamos a palavra “octógono”, os ocidentais lembravam-se de um polígono com 8 lados; os orientais lembravam
logo dos seus Ba-guás: octógonos usados para harmonizar os ambientes com o Céu e a Terra.

Hoje, a palavra “octógono”, muito difundida
pela mídia, lembra, com mais frequência,
o local de lutas do UFC e MMA.

Nossos “Octógonos Floridos”, apresentados
nesta exposição, 
pretendem inspirar harmonia,
paz, amor e desejar felicidades a você.

SERVIÇO:

Exposição: “OCTÓGONOS FLORIDOS” – 20 octógonos, em três tamanhos, preenchidos com ramalhetes de flores conceituais pintados com PVA e acrílica sobre telas rígidas.

Vernissage Festivo: Noite de Lua Cheia na Barra do Jucu. Dia 6 de setembro, quarta-feira, das 19 às 23 horas.

Período da Mostra: De 7 de setembro a 7 de dezembro de 2017

Horário: Todos os dias, das 9 às 18 horas.

Contato: Tel. (27) 3244 7115



 

CULTURA DA VIOLÊNCIA (A Gazeta, 27- 6 -2017)

Antropólogos afirmam que a nossa espécie dizimou o Neandertal porque éramos naturalmente mais violentos do que nossos concorrentes de até 30 000 anos atrás. Os índios que viviam guerreando, canibalizando e buscando a morte “bonita” antes de conhecerem a civilização, parecem confirmar a tese de que a civilização reprime o instinto agressivo do bicho-homem. Entretanto, algumas instituições de primeira linha da civilização descuidam a convivência, promovendo o desprezo pela vida e a indiferença pelo próximo, o que induz à violência.

História, política, economia, esporte e religião prestigiam atitudes pouco civilizadas: a história valoriza a guerra em detrimento da paz (Conhecemos mais Napoleão do que Pasteur ou Gandhi.); políticas econômicas têm mantido privilégios e ampliado diferenças, propiciando conflito, desilusão e crime; pagamos para ver e até concedemos medalhas olímpicas a homens e mulheres que lutam em ringues ou “octógonos”, no meio de plateias, muitas vezes com resultados fatais (se, ao invés de pancadas, trocassem carinhos, seriam censurados, vistos com desconfiança ou condenados por atentado ao pudor); religiões cristãs cultuam santos guerreiros, virgens e deuses mágicos, atitudes distantes do ideal de autoconhecimento, de paz, de amor e de fraternidade que Cristo pregou. A “multiplicação” dos pães e peixes, feita por Jesus, é vulgarizada como milagre em vez de solidariedade. Fica prejudicada a atitude própria de líder religioso que, através da palavra, sensibiliza nossos corações, para levarmos nossas contribuições ao altar comum e para percebermos que possuímos juntos o suficiente para todos e ainda sobra.

Frequentemente civilizados perdem a elegância: no século passado, procurando o assassino no famoso “Crime da Mala”, a polícia parisiense expôs a mala na qual o cadáver foi encontrado. Essa exposição de um mês no Necrotério superou o público de um ano no Museu do Louvre.

Será que nossa civilização envelheceu e caducou? Esse é um fenômeno mundial: cultuamos a violência. Nossas instituições civilizatórias deveriam passar por uma revisão? Romper com paradigmas sem sentido à luz do conhecimento e da comunicação atual? Quem persegue o bem tem chance de alcançá-lo. Quem persegue o mal sempre o alcança. “Perplexo” é o sentimento comum a pensadores modernos quando examinam o produto da civilização, especialmente quanto à violência.

Aceitamos com mais naturalidade a violência do que o afeto; mais o insólito ou o milagroso do que o amor e a solidariedade.

Kleber Galvêas, pintor –Tel. (27) 3244-7115. e-mail: ateliegalveas@gmail.com www.galveas.com  

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