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Kleber Galvêas por Carlos Chenier, crítico de
arte A Gazeta.
Kleber, ao mesmo tempo que evolui em sua procura
plástica, abre, conscientemente, caminho para outros artistas. Poderia não ser assim, e
não se desgastar na discussão, mas sabe que, sozinho, pouco ou quase nada pode alcançar
no que realmente almeja: fazer de Vila Velha e da Barra do Jucu um centro de arte.
Aos dezoito anos, Kleber partiu para Portugal, onde estudou com o falecido mestre Peniche
Galveias, fez cursos de gravura na Sociedade Nacional dos gravadores Portugueses,
pesquisou arte abstrata, conviveu com vários nomes de expressão hoje em Portugal e, ao
voltar, dedicou-se à amizade do falecido mestre Homero Massena. Economista e professor,
tendo todas as oportunidades de viver tranqüilamente dentro de um cargo nessas funções,
preferiu Kleber lutar, e muito, para tomar a decisão profundamente acertada de ser
apenas pintor. De ser o homem em contato com a natureza, com os insetos que
estuda, com a vida desapercebida e tranqüila de uma população maratimba que ele ama
porque sempre viveu naquele meio, à beira-mar.
Quanto ao seu trabalho de pintor, é o mais elaborado e sério. Conhece cada cantinho de
Vila Velha e Barra do Jucu. Sabe estórias, que conta com graça ou tristeza, dependendo
do que tenha ocorrido com o local que conheceu se está lá como pintou, ou se já
desapareceu com os avanços do homem sobre a serenidade virginal das praias.
Sua tarefa é cansativa porque, na busca da paisagem, vai construindo, em camadas finas de
tinta o seu grande bordado. Chega ao final, vindo das tonalidades claras em sucessivas
passagens de pincel e estudos de composição.O resultado sempre é bom, e encontra ele
unidade, mesmo quando se propõe a fazer uma mostra. E o interessante no trabalho de
Kleber é que, mesmo sendo conhecedor de certas correntes modernosas, não as abraçou.
Prefere o sistema tradicional que aprendeu com mestres da escola européia. Não imita.
Cria procurando preservar e aprisionar uma paisagem que está se transformando muito
rapidamente.
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